Alimentos ultraprocessados são famosos por serem de fácil acesso e também por causarem diversos malefícios à saúde. Mas você sabe, de fato, quais os efeitos que eles têm no seu corpo?
Os ultraprocessados começaram a ser produzidos a partir do refinamento da farinha de trigo e do açúcar no século dezenove. E esse novo tipo de produção foi considerado uma das grandes revoluções dentro da indústria de alimentos. Graças aos processos de refinamento, agora era possível produzir alimentos em grande escala com menor custo para as empresas.
Porém, nessa equação não foram levados em conta os inúmeros problemas de saúde que esses alimentos podem desencadear no nosso organismo.
O que são alimentos ultraprocessados?
Alimentos que passam por processos como os de conserva, pasteurização, fermentação e reconstituição entram na categoria dos ultraprocessados. E tais processos não apenas “tratam” o alimento, mas alteram quimicamente a sua composição.
Além disso, esses alimentos têm a adição de altas quantidades de açúcares, gorduras vegetais, sódio, corantes, conservantes e realçadores de sabores. Tudo isso para tornar esses alimentos mais palatáveis e mais baratos de produzir.
Quais os malefícios dos ultraprocessados no corpo?
O International Journal of Public Health, publicou um estudo desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), sobre a relação entre o consumo dos ultraprocessados e o aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade.
O estudo levou em conta os anos entre 2002 e 2009 e constatou que houve um aumento de 9,9% para 13,2% entre os pesquisados. E nessa mesma linha, o consumo dos ultraprocessados aumentou de 14,3% para 17,3% dentre os pesquisados.
Mas além de promoverem um aumento de peso nas pessoas, já existem evidências contundentes de que o consumo desses alimentos tem relação com o nosso declínio cognitivo.
Pessoas que consomem regularmente ultraprocessados demonstraram um declínio cognitivo 28% mais rápido em comparação com pessoas que têm dietas saudáveis.
Os efeitos no longo e curto prazo
Podemos dividir os efeitos que esses alimentos causam no nosso corpo em duas categorias. Os efeitos que sentimos logo após começarmos uma dieta rica em ultraprocessados e os efeitos que sentimos ao longo da vida.
Imediatamente após o seu consumo, queremos mais. Isso acontece por causa de um efeito compensatório ativado no nosso cérebro quando comemos algo muito doce ou muito salgado. É o efeito causado pela alta palatividade desses alimentos.
Essa vontade nos faz buscar mais alimentos gordurosos, açucarados e ricos em sódio, diminuindo a nossa busca por nutrientes e minerais essenciais.
Dessa forma, o nosso corpo começa a reter líquidos, o que nos deixa inchados. Logo, ganhamos mais peso.
Mas o que é mais preocupante são os efeitos que sentiremos mais tarde, principalmente em relação à doenças crônicas. Dentre elas podemos destacar:
- Diabetes, por causa dos altos níveis de açúcar e falta de nutrientes e fibras
- Hipertensão arterial, causado pelo aumento do colesterol
- Doenças cardiovasculares, desencadeadas pelo aumento de colesterol e triglicerídeos.
Embora os ultraprocessados se apresentem como soluções rápidas e baratas para as suas refeições, eles são verdadeiras armadilhas para o seu bem estar físico e mental.
Nesse sentido, os ultraprocessados talvez sejam os únicos alimentos que nós deveríamos banir para sempre da nossa dieta. Já que não apresentam nenhum componente nutritivo ao organismo.
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